Agés, Domingo sem missa dia 7 de Agosto de MMXI
A Judith não se despachou às 6h, hora combinada para a saída. Comecei sozinho com o Lali. A ideia era seguirmos até San Juan de Ortega. Começámos com uma chuva miudinha e algum frio. O caminho era mais verde e mais bonito do que o dos últimos dias. Avançamos bem e chegámos cedo a San Juan, o que me levou a decidir continuar até Agés. O Lali acabou por juntar-se a nós e, mais tarde, também a Judith veio ter a esta povoação. A Judith ficou noutra casa, por ter chegado mais tarde, e está aborrecida por ter caminhado sozinha. O nosso ritmo de caminhar está-se a tornar muito diferente do dela: andamos mais depressa e não precisamos de fazer paragens tão longas.Nós ficámos num albergue que era uma casa velha com traves de madeira pintada de rosa muito escuro. Mais uma vez o quarto era no sótão, desta vez sem beliches. No nosso quarto está o Louis-David, o italiano Lucca e as duas belgas (Stella e Sara), além de uma senhora que ressona como uma traineira.
A povoação é muito simpática, apesar de não ter igreja com missa. Há uma loja onde podemos comer qualquer coisa, e funciona como um pequeno refúgio numa aldeia que tem pouco sítio para se estar - além do banco de madeira no exterior do nosso albergue).
O céu está azul e o sol dourado. Uma leve brisa percorre as ruas. Ganhei duas novas bolhas, que furei com empenho - estou a tornar-me num perito! Amanhã, quando chegarmos a Burgos, faltarão 500km para Santiago...
albergue em Agés
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