Logroño, Quarta-feira dia 3 de Agosto de MMXI
De Puente la Reina fui até Estella e ficámos pela primeira vez num albergue paroquial, de "donativo" e participação voluntária, ou seja, cada um dá o que pode e ajuda nas tarefas da casa. O acolhimento é muito mais caloroso, nota-se que os hospitaleiros são voluntários. Fui à missa e houve uma bênção aos peregrinos (tal como já tinha havido em St Jean-Pied-de-Port).No dia seguinte passámos Los Arcos e continuámos. Ia com o Lali e o Louis, a Judith juntou-se a nós mais tarde, já em Torres del Río, onde jantámos e dormimos - e onde o Lali perdeu o seu "pau de caminheiro". O meu está de boa saúde - preparou-mo o meu mano Nuno, e mostra-se bem eficaz a ajudar nas subidas e nas descidas, a marcar o ritmo e é, sem dúvida, o mais bonito de todo o Caminho. Torres del Río é uma aldeia pequena e simpática, encavalitada num monte.
As bolhas acalmaram, tenho-as furado e desinfectado. As pernas continuam a doer. O dia hoje aqueceu, as sombras começam a escassear - o caminho torna-se mais duro pelo clima. Os companheiros de viagem têm sido o Lali, o Louis-David (do Quebeque), a Judith e a Emma, que nem sempre nos acompanha pois tem os pés numa lástima - tenho sido eu o enfermeiro.
Logroño parece lindo, mas nem sequer tenho grande vontade de visitar. O cansaço vai-se acumulando no final do dia. É a cidade, até agora, mais preparada para os peregrinos: à entrada há muitas fontes, piscinas pouco fundas para molhar os pés e até uns chuveiros para refrescar.
Está a ser uma óptima experiência e estou a aprender a adaptar-me a diferentes ritmos (quando se faz caminho com outros, apercebemo-nos que cada um tem os seus tempos...)
alvorada em Puente la Reina
a fonte do vinho
Lali
Louis-David na pausa do pequeno-almoço
Logroño
Judith e Martino
catedral de Logroño
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