Belorado, Sábado dia 6 de Agosto de MMXI
Ontem foi um dia fácil, de Nájera a Santo Domingo de la Calzada - que é um ponto marcante do Caminho Francês. Mais uma vez levantámo-nos às 5h30 e tudo se torna mais fácil quando é feito pela fresca. Ontem a Judith e a Emma juntaram-se a mim, ao Lali e ao Louis-David. Chegámos à hora de abertura do albergue municipal de Santo Domingo. Era um albergue enorme, com boas condições e um fisio-terapeuta voluntário que atendia os peregrinos mais necessitados. Demorámos mais de uma hora a fazer o check-in. Aparentemente as minhas dores nas pernas deviam-se a desidratação - tenho de me esforçar por beber ainda mais água (4 litros) - que suplício! Não sei se consigo. Já tentei todas as marcas de água mineral e não há nenhuma que se compare com as portuguesas.Hoje voltou a ser mais duro. Apesar dos apenas 22km e de não ter havido um sol tórrido (algumas nuvens nos protegeram), o vento estava contra nós o que deu a impressão de uma duplicação de distâncias.
Apanhámos os últimos colchões do albergue em Belorado, e eu fiquei numa água-furtada, com o colchão no chão, bem juntinho a uma janela de onde veio o ruído da festa da aldeia, durante toda a noite. Tivemos um belo jantar no albergue, com um digestivo e vinho bom desta região. Ainda ficámos a falar à noite e conhecemos o Juan de Valencia e a Rebecca da Alemanha. Apesar do cansaço, estou melhor... (ontem estive em baixo de forma). A Judith hoje não estava muito bem humorada. O caminho tem destas coisas - o que vale é que uns vão animando os outros.
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